Foto: Cristina Maranhão
A partir da pergunta “e se Brecht fosse negro?”, o Coletivo Legítima Defesa realizará uma oficina com discussões e atividades práticas, tendo como referência os escritos do dramaturgo alemão. Para o primeiro encontro, o grupo fará leituras de algumas peças e estudos de Brecht, como O Julgamento de Lucullus e Estudos sobre Teatro, e também de obras essenciais para o entendimento de uma perspectiva afro-diaspórica, presente nos textos de Achille Mbembe, Aimé Cesaire, Gayatri Chakravorty Spivak, Albert Mami e Jessé de Oliveira. No segundo encontro, o grupo propõe um experimento de performance com os participantes, pautado na negritude e em seus desdobramentos sociais e históricos.
Esta oficina, excepcionalmente, tem uma classificação etária de 16 anos.
Coletivo Legítima Defesa é um grupo de artistas/atores/atrizes de poética, portanto política, da imagem da negritude, seus desdobramentos sociais históricos e seus reflexos na construção da persona negra no âmbito das linguagens artísticas. Formado em 2015, o coletivo apresentou a performance poético-política “Em legítima defesa” na Mostra internacional de Teatro de São Paulo de 2016. Em 2017, estreou o espetáculo “A missão em fragmentos – 12 cenas de descolonização em legítima defesa” na programação da Mostra internacional de Teatro. Atualmente, realiza o processo da pesquisa “Black Brecht – e se Brecht fosse negro?”, projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato 2018.