Bárbara Wagner, Sem título (da série Brasília Teimosa), 2005, Coleção Pirelli MASP.
A pesquisa de Bárbara Wagner começou no fotojornalismo. Dos jornais do Recife para o circuito de arte contemporânea, a prática documental continuou, mas mudaram os propósitos. A pauta deu lugar à especulação de imagem, corpo e cânone cultural. O gênero do retrato passou a ser evidenciado enquanto processo, que envolve identidades fluidas e disputas entre quem retrata e quem é retratado. Com cerca de 10 anos, a trajetória da artista permite uma reflexão sobre a política das representações. Atenta a esse tema, a palestra reunirá análises de algumas obras, da inaugural Brasília Teimosa (2005) ao filme Estás vendo coisas (2016), mostrado na 32ª Bienal de São Paulo. Nesses trabalhos, entre cores vibrantes e posturas soberanas, apresentam-se, irredutíveis, os universos do maracatu, do brega e do funk, a tradição que não aceita ser chamada de folclore, as periferias que deixaram de negociar padrões de gosto e valor com os centros.
IMPORTANTE: Pedimos para que os inscritos pelo site cheguem ao museu com 1 hora de antecedência para a garantia da vaga. Aqueles que não chegarem até às 10h30 terão suas vagas doadas para os interessados que não se inscreveram previamente.
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Ana Maria Maia é pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea. Faz doutorado em Teoria e Crítica de Arte na Universidade de São Paulo. Foi curadora adjunta do 33º Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013) e curadora do Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (2011-2). É autora do livro Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira, (Editora Aplicação, 2016), realizado com Bolsa Funarte 2014 de Estímulo à Crítica de Arte, entre outros.