Paula Trope, Vitor, Wando e Felipe, e Sem título (Os quadrinhos), da série Os meninos,1993-94
A obra da artista carioca Paula Trope (1962) circunscreve um espaço crítico e político em torno do ato de ver. A partir de um paralelo entre os mecanismos da câmara escura e da fotografia e o aparelho ocular humano, Paula Trope disponibiliza em seu trabalho meios de observação crítica dos processos de construção da imagem e do próprio sistema do olhar, relativizando as posições de sujeito e objeto, fragilizando a posição do olhador sobre o outro, problematizando a relação do visto com quem vê. Nessa palestra, será apresentado um panorama do conjunto de sua obra/trajetória construída com os meios da fotografia, vídeo e instalação.
Artista visual e curador. Atualmente é diretor cultural do MAR - Museu de Arte do Rio. Mestre em Arte e Tecnologia pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Foi Secretário Adjunto de Cultura do Distrito Federal. Um dos fundadores do Instituto CASA - Convergências da Arte, Sociedade e Arquitetura e da Fundação Athos Bulcão. Nos últimos anos realizou a curadoria de uma série de exposições de artes visuais, entre as quais: Amilcar de Castro - Repetição e Síntese (2014), Arte Para Crianças (2014), Gráfica Utópica - Arte Gráfica Russa (2001), A Experiência da Arte (2014), Casa Cidade Mundo (2015), entre outras. Em 2012 recebeu o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia com o qual realizou o ensaio fotográfico Moradia Popular no Brasil.